Hoje sinto-me assim, fragilizada.
Sensível. Sempre que alguém da minha família morre fico neste estado (ou ainda pior),
independentemente da ligação que tinha com essa pessoa. Só me apetece chorar. Deitar
tudo cá para fora. Não é que a pessoa em causa me fosse próxima, muito pelo
contrário. Não a via há anos mas, ver os restantes membros da família em baixo,
e recordar momentos e alegrias passados juntos, deixa-me em baixo. Não fui ao
funeral, foi em Lisboa. Fiz mal em não ter ido. Era bom estar com a família
pois já não vejo há anos, queria passar um bocadinho com eles, nem que fossem
meras horas. Era suficiente para matar saudades. Era bom para recordar rostos. Era
bom pois assim tinha recordações mais recentes deles embora o motivo que me
tivesse levado a vê-los não fosse o melhor.
Apesar de todo este sofrimento,
toda esta angústia não me apetece chorar somente por este (tão grande e triste)
motivo. Estar longe e sem notícias daqueles que mais amo, mesmo que seja por
algumas horas, custa. Custa ainda mais pois, na última conversa que tivemos,
ele disse-me que provavelmente já não estaria vivo no dia seguinte (que horror só
de pensar). E a verdade é que, já não sei nada dele há mais de 24horas, estou a
entrar em desespero.
Para aumentar ainda mais este
acumular de emoções, há ainda aquelas víboras que entram nas nossas vidas para
estragarem tudo. Adoram meter-se na vida de toda agente mas falar da vida delas
é impossível. É como se tivessem uma fortaleza a proteger a entrada. Estou farta
dessas pessoas. Era muito melhor, para mim, que essas pessoas, já que gostam
tanto de opinar sobre os outros, tivessem coragem e dissessem na cara tudo
aquilo que dizem pelas costas, pois, assim saberiam se tinham razão e se de facto
tudo aquilo que dizem é verdade ou não. Que ganhem consciência e deixem de
falar daquilo que não sabem.
Vou chorar desalmadamente para a
minha almofada.
See you later.
Segui *-* Segues de volta? :)
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