quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A fragilidade dos outros fere-me...


Hoje sinto-me assim, fragilizada. Sensível. Sempre que  alguém da minha família morre fico neste estado (ou ainda pior), independentemente da ligação que tinha com essa pessoa. Só me apetece chorar. Deitar tudo cá para fora. Não é que a pessoa em causa me fosse próxima, muito pelo contrário. Não a via há anos mas, ver os restantes membros da família em baixo, e recordar momentos e alegrias passados juntos, deixa-me em baixo. Não fui ao funeral, foi em Lisboa. Fiz mal em não ter ido. Era bom estar com a família pois já não vejo há anos, queria passar um bocadinho com eles, nem que fossem meras horas. Era suficiente para matar saudades. Era bom para recordar rostos. Era bom pois assim tinha recordações mais recentes deles embora o motivo que me tivesse levado a vê-los não fosse o melhor.

Apesar de todo este sofrimento, toda esta angústia não me apetece chorar somente por este (tão grande e triste) motivo. Estar longe e sem notícias daqueles que mais amo, mesmo que seja por algumas horas, custa. Custa ainda mais pois, na última conversa que tivemos, ele disse-me que provavelmente já não estaria vivo no dia seguinte (que horror só de pensar). E a verdade é que, já não sei nada dele há mais de 24horas, estou a entrar em desespero.

Para aumentar ainda mais este acumular de emoções, há ainda aquelas víboras que entram nas nossas vidas para estragarem tudo. Adoram meter-se na vida de toda agente mas falar da vida delas é impossível. É como se tivessem uma fortaleza a proteger a entrada. Estou farta dessas pessoas. Era muito melhor, para mim, que essas pessoas, já que gostam tanto de opinar sobre os outros, tivessem coragem e dissessem na cara tudo aquilo que dizem pelas costas, pois, assim saberiam se tinham razão e se de facto tudo aquilo que dizem é verdade ou não. Que ganhem consciência e deixem de falar daquilo que não sabem.

Vou chorar desalmadamente para a minha almofada.

See you later.

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