terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mulheres com garra


Fiz-me de forte mas acabei derrotada. Uma mulher não se pode defender sozinha se não tiver um bom escudo e boas armas…

Ando numa guerra desenfreada comigo mesma à mais de um ano. Foi um longo ano, ou um ano longo. Não sei ao certo qual das duas opções é a mais acertada e apropriada para definir tudo o que tem acontecido neste último ano.

Preciso de paz. Paz exterior mas sobretudo, e acima de tudo, o que preciso mesmo é de paz interior. Paz essa que se foi embora à imenso tempo. Tenho vivido em constantes batalhas ultimamente. Batalhas dolorosas. Batalhas massacrante.

Só quero acordar um dia e não ter mais nenhum armamento para lançar e principalmente que mais nenhum me caia em cima. Tenho medo das bombas que me atingem. Tenho receio que mais alguma bala me passe ao lado do ouvido. Não quero mais ser o alvo de todo este tipo de terrorismo.

Quero acordar um dia e não ter mais nenhum granada para atirar. Quero ter o colete de balas sem mais munições. Quero poder olhar para um lado e para o outro e ver que tudo acabou. Que não há mais guerra que me possa atormentar. Quero encarar de frente o sol e poder ver o seu brilho. Quero ser a eterna estrela brilhante da noite. Aquela que guia os outros pela sua força. Quero que este sofrimento acabe de uma vez por todas. Quero ser feliz. Ver novos horizontes. Quero levantar-me um dia da cama pensar ‘’este pesadelo acabou finalmente’’. Quero ser/ter tudo o que não sou/tenho hoje.